Perdidos no Tempo

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Location: Macau

Wednesday, December 24, 2008

Desculpem a ausência...

...regresso, com a promessa de não me voltar a ausentar. ;)

Por agora,

Bom Natal e Feliz Ano Novo a todos. :D

Monday, June 26, 2006

Desejo

Movimentos perpétuos de desejo lógico, de um qualquer ilógico gosto, de conter: o prazer. Em que, toda, e qualquer expressão momentânea de um corpo em movimento, carece, vezes sem conta, de uma minuciosa observação. Atento a um pormenor simples, replecto de significados e intenções, palavras e emoções, geradas, por um simples: gesto. Observando ao segundo, a sua intrínseca beleza, de ser, belo. Por que, cada movimento, é um ditar de palavras, superior a qualquer outro pedido de concórdia, onde cada gesto corporal, desentende um pedido feito, real de ter, firmeza no comando mútuo de certeza, incerta, no destino. Uma deslocação efectiva de vontade, realizada, apenas, por um qualquer toque de magia. Puros, os que não absorvem constantes transformações de gosto, implícito na forma de apurar vontades de desejos. Como em tudo o que se faz, se sente, se cheira, se transporta para um outro universo, puro, na sua impureza, do que não é, exagero. Sim, desejo. Estão, estes movimentos, incumbidos de um realizar de vontades, hábitos, capazes de nos levitar, terrenos, a um certo espaço crucial, de prazer. Um auge, fertilizante de hormonas, capaz de nos levar, a extremos, de sentimentos e sentidos, direccionados, na sua verdadeira beleza: a do movimento. E, ao tocar, cada ponto sensível de rigor, o forte contacto, de qualquer outro imaginário ponto de reflexão corporal, em que tudo passa a ter via aberta, sem prelúdio, na sua forma de interacção, quebrando obstáculos, que mais não servem, para fragmentar, os desejos de um contexto, capaz de incomodar, cadeias de infímas e puras activações, de incógnito espantar, de fantasmas. Vagas reacções de contentamento, frutuoso, de uma simples manifestação recôndita de desejo, perpétua de vontade, talvez, um verdadeiro percurso, realizável apenas, por quem dilacerar, incomodar, a sua curiosidade. Talvez, ao abrir mais esta porta, certas palavras deixem de ter o mesmo signicado. Prazer.

Wednesday, June 21, 2006

Caminhos

Queres que me ausente de ti. Não posso! Não resisto, ao teu aperto. À tua sensibilidade, ao teu, doce malabarismo das palavras que usas para me fazer andar, aqui, como se de uma criança perdida se tratasse. Sim, criança. Ainda cá está, dentro de mim, o miúdo pequeno, que tem os seus receios, as suas dúvidas. Mas são esses mesmo, que, tendo uma outra dimensão, nos tornam tão pequenos. Pelo óbvio receio, de os ultrapassar. E não sustento nem escudos nem espadas, ou até mesmo, o cavalo que me guiaria sem receio algum. Mas, até desse, sinto falta. Tantas são as vezes, que me bate à porta, o receio de tudo, de todos. Quem sabe, tenha receio de muito, cuidado de nada. A perfeita sensação, imóvel, como se esperasse um momento exacto, de retribuição vadia, de receio que teima em não escorrer. De perdurar, num tempo robusto, mas cíclico. Enraizando, teimosias cínicas, que a perdurar, vendem dissabores, já de si, insaciáveis de razão. Tristes de fundamento, corruptos de carácter, rompidos de miséria. Não sendo esse o meu caminho, não o vou seguir. E, se o puder ostentar apenas com uma mão, que seja. Sendo apenas esse, o caminho, que quero seguir. Estou cansado. Mas não estou só. Faz tempo, que descobri em ti, o significado de não estar só. Descobri, que afinal, partilhamos faces e fases. Contigo, aprendi o verdadeiro significado de amizade, de coragem, de afecto, de cultura, e quem sabe, de tradição. Aprendi a conhecer, e a ser conhecido. Aprendi a aceitar, a ser aceite. Aprendi a ajudar. Sei que estamos aqui, por algum tempo, é pouco com certeza, mas é suficiente, para dar o melhor. Sei perdoar, como nunca imaginei. Sei amar, como nunca pensei. Se me cruzar contigo, num destes dias, nem que em forma de brisa venhas, toca-me, chama-me! Mas não me leves contigo.

Thursday, June 01, 2006

Leituras Vivas

Recordo, como ainda ontem, te folheava. Um livro pequeno. Com tantas páginas por desvendar. Outras, por escrever. Apesar de pequeno, és um livro que não acaba. Andas sempre, comigo. De forma simples, contas aventuras, dilemas, preocupações, alegrias, tristezas. Cada página que leio, é pura em ti, pura, de ti. Cada dia que passa, lá estão outras páginas. Outras leituras. Dás-me, a cada dia, a alegria de te conhecer. A forma como me transportas, para as tuas aventuras, é simplesmente fantástica. És fantástico. Contigo, sinto-me mais novo, mais pequeno. Como é bom ler-te. Sentir, que um pouco de mim, está nestas páginas. Sentir, que cada página, somos nós todos. Em todas, mostras a tua evolução. O teu assimilar de ideias, os teus objectivos. As tuas ambições. E este livro, vai andar sempre comigo. Até o acabares. Afinal, em ti, está um pouco de mim. E só fecharei o teu livro, quando no meu, tiver escrito: FIM.

Ao meu irmão JMCCR. És espectacular.

Wednesday, May 03, 2006

Ritmos

Este ritmo desfasado, a que, em cada momento, se procuram os silêncios descoordenados, de um ritmo, que sendo só nosso, se perde: já de si, perdido. Honramos na sua grandeza, a intimidade, dispersa, do que é, o valor, da simplicidade. Seriam de fácil percepção, as simples palavras, que se dispersam na oralidade, e até mesmo nessa, por vezes, não olhamos a sua veracidade. Na qual, por muitas e variadas razões, nos perdemos na desconfiança da mesma. Não será, com toda a certeza, a melhor das opções reais. Deixamos de assimilar, passando a dilacerar na desconfiança, o que já de si, é simples. Tentando encontrar pretexto, para algo encontrar, que não o seja. E aplicamos pequenas variantes deduzidas, para tentar justificar pensamentos, que não os nossos, mas também, não, de quem os ponderou. Entrando num escol de pessoas, que se mantêm unidas por algo, talvez, a desconfiança. Quem sabe esteja aí, a fuga de uma estratégia delimitada por uma fronteira, que não precisando de documento, precisa, isso sim, saber ouvir. Das tentações irredutíveis para uma percepção clara, do que é convexo às intenções radiantes, irradiáveis por códigos de entendimento, passam, os que entendem. São esses, que relativizam e descodificam, de entre um ritmo desfasado, um grito, de ajuda.

Tuesday, April 25, 2006

Livre

Com o passar do tempo, tudo se modifica, como nós. Embora, nem todos os vazios aí permaneçam, outros há que, convenientemente, eludir o seu vácuo. E eludir, de muitas formas, e feitios. Não será certamente, o melhor dos álibis, por que, no fundo, também nos enganamos. Manifestamos diversos temperamentos do que não é, na realidade, o nosso desejo. No entanto, desculpamos tudo, por necessidades, integrais de humanos. E, ficamos incertos perante certezas, temos dúvidas quanto a factos, questionamos a própria questão, que, por vezes, sendo pertinente, não recuzamos voltar a questionar. No caminho das interrogações, exclamações e, até mesmo afirmações, ficam por dilacerar, estruturas complexas de ideias, componentes fervorosas do nosso estar, mais diversas e capazes, só por si, criando, o quase perfeito. Que não é, afinal parecia ser. Quanto a certas definições que não se coadunam com tamanhos benefícios de realização, são essas mesmas, que nos dão a garantia de uma grande liberdade e bem estar. Por que, ao encontrar o que é mais precioso, para cada um de nós, lhe dermos a liberdade merecida, podemos ter a certeza que regressa sempre: em liberdade. Sendo livre...

Saturday, April 22, 2006

Desertos, incertos.

Vens! Assim mesmo, como estás. Encostas, a palma da tua mão, no meu peito, e sinto: estás quente. O teu sangue, ferve dentro de ti. E, mesmo assim, transmites serenidade. Essa suavidade, é no mínimo dos nossos corpos, o ínfimo dos prazeres, parecendo irresistível, na sedução de um olhar, um sorriso, um gesto: teus. Dubios aqueles, que na sedução, se perdem em contactos inactos de saciar o egoísmo, a banalidade, ou mesmo, a verdade, do que não és. São esses, os pequenos pormenores, não de circunstância, mas de magia. Que nos obrigam, a criar o nosso mundo. Somos assim, um mundo! Por instantes, perdemos contacto, sendo esse, só nosso. O fascínio da sedução, esse, fica aqui, connosco, se assim entenderes, por hoje. Não se perde, nunca. Deita-te. Encosta o teu corpo, no meu. Deixa que os teus cabelos, me passem entre os dedos. Quero olhar-te, sempre, que os nossos lábios, se tocam. Sentir, a tua face, que me está gravada nas mãos. Os teus sorrisos, escúlpidos na retina. A tua voz, que me mantém equilibrado. O teu aroma, que me coloca em sentido, seduzindo. A tua alegria, que me deixa alerta. E tudo em ti, é real. Nem que seja, só hoje. Quero adormecer assim: a teu lado. Quem sabe, um dia, descubra o teu nome.


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